09/11/08

NOTÍCIA DO MIRANTE

"Menino continua internado no Hospital Dona Estefânia em Lisboa Criança de dez anos sofre queimaduras junto à lareira

A criança de Fazendas de Almeirim (Almeirim) que sofreu queimaduras de segundo e terceiro grau no peito, nas pernas e nos braços quando estava junto à lareira continua internada no Hospital Dona Estefânia, em Lisboa. O acidente ocorreu no domingo às 16h00 quando Gonçalo Reguinga, de 10 anos, se encontrava a ver televisão na sala. Não se sabe bem o que terá originado a situação. A família presume que o menino terá atirado alguma coisa para o lume que provocou chamas que incendiaram um arranjo de flores de plástico que estava por cima da lareira.
Na altura Gonçalo estava sozinho na sala. A mãe, que é funcionária da Junta de Freguesia de Fazendas de Almeirim e que anda a estudar à noite, estava a trabalhar no computador noutra divisão da casa situada na rua dos Piricas. O pai encontrava-se no quintal. O irmão, mais velho, com 16 anos, estava noutra sala a ver um jogo de futebol na televisão. Os familiares só deram pela situação quando a criança gritou por ajuda. Viveram-se momentos de pânico e a mãe do menino, Ana Cristina Flausino, entrou em estado de choque e teve que ser assistida no Hospital de Santarém.
Jesuína Nunes, que mora a poucos metros, foi uma das primeiras pessoas a chegar ao local. “Ouvi uns gritos e vim a correr. Quando entrei na sala esta estava cheia de fumo e junto com outras pessoas que chegaram abrimos as janelas e vimos o menino com os braços queimados”, conta, enquanto ajudava as avós do Gonçalo a limpar as paredes mascarradas. Maria Flausino, avó da criança, conta que na altura só estava um tronco de madeira na lareira e que esta até tinha à frente uma grade metálica de protecção.
O comandante dos Bombeiros Voluntários de Almeirim, que prestaram o socorro, explica que perante a gravidade das queimaduras, a criança foi evacuada directamente para o Hospital Dona Estefânia, acompanhada pelo médico e enfermeiro da Viatura Médica de Emergência e Reanimação (VMER) do Hospital de Santarém. A corporação deslocou para o local cinco viaturas e 13 elementos."
De todas as notícias que relataram o acidente esta é talvez a que se aproxima mais da realidade, mesmo assim ainda apresenta alguns dados incorrectos que não são relevantes.
Eu e o meu marido somos padrinhos do Gonçalo e temos acompanhado a situação de muito perto.
Temos tentado dar o máximo de apoio aos pais que estão destroçados, como é óbvio. O Gonçalo está a recuparar dentro da normalidade, ou seja muito lentamente. As queimaduras de 2º e 3º grau são lesões da pele que implicam um tratamento muito específico e moroso. A maior preocupação dos médicos são as mãos do Gonçalo e o risco de infecção. Quando passar esta fase, irá ainda ser submetido a diversas operações cirúrgicas.
Já conseguimos ver o menino através de uma janela. Estava bem disposto.
Como padrinhos temos muita esperança na sua recuperação, que muito dificilmente irá ser total, apenas desejamos que o Gonçalo recupere ao ponto de poder ter uma vida normal e ser independente.

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