25/06/08

ESTABELECIMENTO PRISIONAL NO CONCELHO DE ALMEIRIM - 2

A sessão contou também com a presença de Carlos Arraiolos, um engenheiro florestal que esteve ligado ao projecto de recuperação feito nos cerca de 570 hectares da propriedade em 2003/04, que custou 235 mil euros e foi financiado por fundos comunitários. “Como defensor do ambiente, custa-me ver uma das melhores zonas de montado de sobro do país em risco”, declarou Carlos Arraiolos, explicando que, após a intervenção, “a herdade tornou-se num modelo a nível da prevenção de incêndios e do ordenamento florestal”, com potencialidade a nível do turismo ambiental ou da caça, entre outras actividades rurais.
Não haverá um local para a implementação do Estabelecimento Prisional de Lisboa e vale do Tejo que não implique o abate de árvores consideradas o "pulmão" do nosso concelho?????

ESTABELECIMENTO PRISIONAL NO CONCELHO DE ALMEIRIM - 1

Moita Flores deixa críticas políticas:
“Se soubesse que havia tanta crispação, não teria aceite o convite”, esclareceu Moita Flores antes de deixar algumas considerações à condução política do processo, e quando os ânimos na sala começaram a exaltar-se.
“Pensava que vinha falar de prisões, mas tenho que falar de democracia, porque não é este o meu entendimento do poder local”, desabafou o autarca, criticando o facto do projecto ter sido apresentado à população como um facto já consumado. “Nunca teria o atrevimento de fazer uma coisa destas. Um assunto tão importante tem que ser amplamente discutido, e os vereadores, eleitos da Assembleia Municipal e a população não podem aceitar que sejam tomadas decisões nas suas costas”, considerou Moita Flores.

Pena que nem todos pensem assim...

21/06/08

Aqui tão perto...

13 Jul 2008, 08:58h

Abrantes e Coruche com pólos da Universidade Aberta

Os municípios de Coruche e Abrantes assinaram protocolos com a Universidade Aberta (UAB) para abertura de Centros Locais de Aprendizagem. Grândola, Mêda, Pêso da Régua, Ponte de Lima, Ribeira Grande (Açores), Sabugal e Silves são as restantes autarquias que assinam o documento.
Na vila de Coruche vai funcionar um pólo de ensino e formação. Será no rés-do-chão da casa que albergava os magistrados, junto à antiga manga dos toiros, que se encontra devoluta. O presidente da câmara, Dionísio Mendes (PS), considera “uma boa oportunidade de formar e fixar jovens na área de abrangência do município, tendo em contas as novas oportunidades de emprego para jovens quadros com a perspectiva de construção do novo aeroporto no campo de tiro de Alcochete”.
Em Abrantes, o centro local de aprendizagem vai funcionar em espaço cedido na Biblioteca Municipal António Botto. Será um espaço onde o estudante poderá desenvolver as suas responsabilidades de aprendizagem, mediadas tecnologicamente e promovidas no campus virtual. A autarquia fica responsável pela cedência e manutenção das instalações, enquanto a UAB se encarrega da nomeação do coordenador do centro, pelo serviço de exames e promoção dos cursos.
Segundo dados da UAB, os centros vão ser núcleos vocacionados para a aprendizagem ao longo da vida dirigidos ao aumento de competências académicas, profissionais, culturais e cívicas, em diferentes áreas como técnica, artística, cultural, científica e económica.

ESTABELECIMENTO PRISIONAL NA HERDADE DOS GAGOS


PRISÃO, SIM OU NÃO???


EU DIGO NÃO!! NÃO e NÃO!!!!!!


Baseado em factos reais...

ALGUMAS FOTOS DA FESTA DE ANIVERSÁRIO DO MEU PAI SEGUIDAS DE UM TEXTO QUE LHE DEDICO...
Houve direito a KARAOKE







Até o meu tio Puscas e a tata Déo viera de França para celebrar os 60 anos do Martin. Aqui estou eu a dançar com o Puscas.





Uma brincadeira que não iremos esquecer!!! O Tiago, o -Zé, o Filipe e o Luis Miguel, fizaram um show que apanhou toda a gente de surpresa.







Partiu para França aos 18 anos de idade, à procura de uma vida melhor, à semelhança de muitos Portugueses. Deixou mãe e irmãs em Belinho, uma pequena aldeia perto de Esposende.

Foi obrigado a abdicar da sua tenra infância devido ao falecimento do pai, tendo passado para ele a difícil tarefa do sustento da família.

Partiu com uma trouxa às costas, com uma muda de roupa, algum dinheiro (pouco) e mantimentos para a viagem. Foi uma longa viagem, cheia de peripécias.

Chegou a França, desconhecia a língua, os costumes, a cultura. Foi um choque. Teve que se adaptar, teve que fazer pela vida.

Trabalhou muitos anos no "duro". Carpinteiro de profissão e um autêntico "faz tudo", trabalho nunca lhe faltou, nem vontade de trabalhar. Trabalhava durante a semana para o patrão e ao fim de semana fazia uns biscates para ganhar mais algum. Ainda me lembro do ar cansado desenhado no seu rosto quando chegava a casa e do pó da madeira que trazia todos os dias no cabelo. Quando finalmente conseguia tirar um dia, jardinava, tratava da horta, fazia bricolage.

Foi também em França que conheceu a minha mãe.
Também ela escolhera França como destino. Também ela trabalhava muito. Costumava ir com ela aos fins de semana limpar uns escritórios, era mais uns trocos que se ganhava.

Trabalhavam com o objectivo de construir uma casa em Portugal. Ai Portugal! Sempre com Portugal no coração! E conseguiram. O meu pai adoptou Almeirim e construíram uma casa, o orgulho deles.

Fizeram mais ainda. Apesar de nunca nos ter faltado nada, nem a mim nem ao meu irmão, fomos educados com os bens materiais essenciais e desde muito cedo aprendemos que na vida nada se faz sem trabalho, sem sacrifícios. E foi com muitos sacrifícios que compraram uma casa em França. Um casa antiga que demorou anos a ser restaurada pelo meu pai e por alguns amigos.

Em casa falava-se Português, ouvia-se música Portuguesa, comia-se comida Portuguesa...e sonhava-se com o totoloto, não para ficarmos ricos, mas para podermos voltar para Portugal.
Nasci em França mas senti-me sempre Portuguesa. E nós somos aquilo que sentimos, certo?
Fui a primeira a regressar a Portugal. Tinha 18 anos. Não vim com uma trouxa às costas, vim num carro com toda a minha família. Deixaram-me cá e voltaram para França. A escolha foi minha. Vim estudar para Portugal.

A minha mãe ficou muito desgostosa com a minha opção, sofreu muito com a minha ausência. O meu irmão era um adolescente, tinha apenas 12 anos, também lhe devo ter feito muita falta. O meu pai, apesar de também nunca o ter demonstrado também sofreu, em silêncio. Deixaram-me ir atrás de um sonho mas eu não podia decepcioná-los. Ainda me lembro do meu pai me ter dito qualquer coisa do género: "Vais para Portugal estudar, vamos fazer-te a vontade, mas garanto-te que se chumbares um ano, voltas logo para França!!!"

Levei este aviso muito a sério. Sabia que não podia falhar, eles mereciam que eu desse o meu melhor, pela confiança que estavam a depositar em mim.

Confesso que não foi nada fácil para mim, nomeadamente no primeiro ano. Apesar da escolha ter sido minha, o afastamento da minha família foi penoso. Na Faculdade de Letras também passei por uma fase de adaptação laboriosa. Não conhecia ninguém, o ritmo de vida era completamente diferente e não dominava a língua como os meus colegas que tinham feito a escolaridade em Portugal. Na Faculdade e Letras não há lugar para quem não domina a Língua Portuguesa. Foi uma barreira que ultrapassei com algumas ajudas dos amigos que fui cultivando e com muitas noites de estudo. Como diziam os meus pais, nada se faz sem sacrifícios.

O meu irmão seguiu os meus passos. Formou-se em França e depois veio viver para Portugal. Mais um tormento para os pais.

E com isto tudo o meu pai já tem 60 anos, feitos no dia 15 de Maio.

Foi brindado com uma festa onde juntámos amigos e familiares e boa disposição não faltou. Veio de propósito a Portugal festejar os seus 60 anos e valeu a pena. Foi um momento bem passado com muitas gargalhadas. Estivemos todos juntos...foi o mais importante.

13/06/08

UM MUNDO DE ENGANOS...

Já François la Rochefoucauld dizia:

"Os homens não poderiam viver muito tempo em sociedade se não se deixassem enganar uns pelos outros".
As pessoas vão passando nas nossas vidas e vão deixando marcas, algumas boas, outras nem tanto. Se é verdade que recordo muitos amigos e amigas com ternura e saudade, também é verdade que por vezes confiamos nas pessoas erradas e depois instala-se a desilusão. O ser Humano, na idade adulta, é de facto muito difícil de entender e cada vez mais vou tendo dificuldade em confiar. A vida foi-me ensinando a cultivar as minhas amizades, mas sempre "com um pé atrás..." Gostaria que as coisas fossem diferentes, mas é próprio da natureza humana...
Aos meus verdadeiros amigos e amigas, obrigada por fazerem parte da minha vida.